Texto II A curiosidade humana acerca do desconhecido e a sua incapacidade de explicá-lo através da razão fez com que, desde os primórdios, o homem atribuísse acontecimentos do seu cotidiano à vontade de seres sobrenaturais. Apesar dos avanços científicos e de suas respostas lógicas para fatos da realidade, as crenças em divindades perpassaram a história e continuam muito presentes nas sociedades, talvez por suprirem a necessidade humana de reconforto, talvez por levarem à transcendência espiritual. Atualmente, a grande diversidade religiosa existente traz a possibilidade de escolha a cada cidadão e essa liberdade é, ou deveria ser, garantida a todos os membros de uma população. Contudo, práticas de intolerância religiosa vêm impedindo um número cada vez maior de pessoas de exercitarem tal direito, ferindo sua dignidade e devendo, portanto, serem combatidas veementemente. O contexto histórico brasileiro indubitavelmente influencia essa questão. A colonização portuguesa buscou catequizar os nativos de acordo com a religião europeia da época: a católica. Com a chegada dos negros africanos, décadas depois, houve repressão cultural, consequentemente, religiosa que, infelizmente, perpetua até os dias de hoje. Prova disso é o caso de uma menina carioca praticante do candomblé que, em junho de 2015, foi ferida com pedradas, e seus acompanhantes, alvos de provocações e xingamentos. Ainda que a violência verbal, assim como a física, vá contra a Constituição Federal, os agressores fugiram e, como em outras ocorrências, não foram punidos. Além disso, é importante destacar que intolerância religiosa é crime de ódio: não é sobre ter a liberdade de expressar um descontentamento ou criticar certa crença, mas sim sobre a tentativa de imposição, a partir da agressão, de entendimentos pessoais acerca do assunto em detrimento dos julgamentos individuais do outro sobre o que ele acredita ser certo ou errado para sua própria vida. Tal visão etnocêntrica tem por consequência a falta de respeito para com o próximo, acarretando em episódios imprescritíveis e humilhantes para aqueles que os vivenciam. Conclui-se, então, que o combate à discriminação religiosa é de suma importância para que se assegure um dos direitos mais antigos a todas as pessoas e, por conseguinte, seu bem-estar. Para isso, é preciso que os órgãos especializados, em parceria às delegacias de denúncia, ajam de acordo com a lei, investigando e punindo os agressores de forma adequada. Ademais, o governo deve promover campanhas contra condutas de intolerância e as escolas devem gerar debates, informando seus alunos sobre o tema e desconstruindo preconceitos desde cedo. Por fim, a mídia pode abordar a intolerância religiosa como assunto de suas novelas, visto que causa forte impacto na vida social. Assim, o respeito será base para a construção de um Brasil mais tolerante e preocupado com a garantia dos direitos humanos de sua população. Giovanna Tami Soares Takahashi Questões sobre o texto II: 1. Qual o tema debatido neste texto? 2. Qual é a tese defendida pela autora? 3. Dos quatro parágrafos que compõem o texto, em qual deles a autora apresenta a maior parte de suas propostas de intervenção para o problema que o tema sugere? Apresente pelo menos três das propostas feitas por ela. 4. No segundo parágrafo, qual é o tipo de argumento utilizado pela autora? Apresente um desses argumentos 5. A partir das ideias que compõem o terceiro parágrafo, pode-se afirmar que o que caracteriza o crime de ódio da intolerância religiosa é criticar, mostrar um descontentamento, não querer participar de um culto de uma religião doutrinalmente oposta, apontar tais oposições ao se comparar doutrinas ou coisas do tipo? Explique​

Texto II A curiosidade humana acerca do desconhecido e a sua incapacidade de explicá-lo através da razão fez com que, desde os primórdios, o homem atribuísse acontecimentos do seu cotidiano à vontade de seres sobrenaturais. Apesar dos avanços científicos e de suas respostas lógicas para fatos da realidade, as crenças em divindades perpassaram a história e continuam muito presentes nas sociedades, talvez por suprirem a necessidade humana de reconforto, talvez por levarem à transcendência espiritual. Atualmente, a grande diversidade religiosa existente traz a possibilidade de escolha a cada cidadão e essa liberdade é, ou deveria ser, garantida a todos os membros de uma população. Contudo, práticas de intolerância religiosa vêm impedindo um número cada vez maior de pessoas de exercitarem tal direito, ferindo sua dignidade e devendo, portanto, serem combatidas veementemente. O contexto histórico brasileiro indubitavelmente influencia essa questão. A colonização portuguesa buscou catequizar os nativos de acordo com a religião europeia da época: a católica. Com a chegada dos negros africanos, décadas depois, houve repressão cultural, consequentemente, religiosa que, infelizmente, perpetua até os dias de hoje. Prova disso é o caso de uma menina carioca praticante do candomblé que, em junho de 2015, foi ferida com pedradas, e seus acompanhantes, alvos de provocações e xingamentos. Ainda que a violência verbal, assim como a física, vá contra a Constituição Federal, os agressores fugiram e, como em outras ocorrências, não foram punidos. Além disso, é importante destacar que intolerância religiosa é crime de ódio: não é sobre ter a liberdade de expressar um descontentamento ou criticar certa crença, mas sim sobre a tentativa de imposição, a partir da agressão, de entendimentos pessoais acerca do assunto em detrimento dos julgamentos individuais do outro sobre o que ele acredita ser certo ou errado para sua própria vida. Tal visão etnocêntrica tem por consequência a falta de respeito para com o próximo, acarretando em episódios imprescritíveis e humilhantes para aqueles que os vivenciam. Conclui-se, então, que o combate à discriminação religiosa é de suma importância para que se assegure um dos direitos mais antigos a todas as pessoas e, por conseguinte, seu bem-estar. Para isso, é preciso que os órgãos especializados, em parceria às delegacias de denúncia, ajam de acordo com a lei, investigando e punindo os agressores de forma adequada. Ademais, o governo deve promover campanhas contra condutas de intolerância e as escolas devem gerar debates, informando seus alunos sobre o tema e desconstruindo preconceitos desde cedo. Por fim, a mídia pode abordar a intolerância religiosa como assunto de suas novelas, visto que causa forte impacto na vida social. Assim, o respeito será base para a construção de um Brasil mais tolerante e preocupado com a garantia dos direitos humanos de sua população. Giovanna Tami Soares Takahashi Questões sobre o texto II: 1. Qual o tema debatido neste texto? 2. Qual é a tese defendida pela autora? 3. Dos quatro parágrafos que compõem o texto, em qual deles a autora apresenta a maior parte de suas propostas de intervenção para o problema que o tema sugere? Apresente pelo menos três das propostas feitas por ela. 4. No segundo parágrafo, qual é o tipo de argumento utilizado pela autora? Apresente um desses argumentos 5. A partir das ideias que compõem o terceiro parágrafo, pode-se afirmar que o que caracteriza o crime de ódio da intolerância religiosa é criticar, mostrar um descontentamento, não querer participar de um culto de uma religião doutrinalmente oposta, apontar tais oposições ao se comparar doutrinas ou coisas do tipo? Explique​

Resposta:

A curiosidade humana em relação ao desconhecido e a sua incapacidade de explicá-lo com a razão levaram o ser humano a atribuir acontecimentos do seu cotidiano à vontade de seres sobrenaturais desde os primórdios. Apesar dos avanços científicos e das respostas lógicas para fatos da realidade, as crenças em divindades continuam presentes nas sociedades, talvez por suprir a necessidade humana de reconforto ou talvez por levar à transcendência espiritual. Atualmente, a diversidade religiosa existente oferece a possibilidade de escolha para cada cidadão e essa liberdade deve ser garantida a todos os membros de uma população. No entanto, práticas de intolerância religiosa estão impedindo cada vez mais pessoas de exercerem esse direito, ferindo sua dignidade e devem ser combatidas vigorosamente. O contexto histórico do Brasil influencia indubitavelmente essa questão. A colonização portuguesa buscou catequizar os nativos de acordo com a religião europeia da época, o catolicismo. Com a chegada dos negros africanos, décadas depois, houve repressão cultural e, consequentemente, religiosa que infelizmente ainda perdura até os dias de hoje. Um exemplo disso é o caso de uma menina carioca praticante do candomblé que foi ferida com pedradas e seus acompanhantes alvos de provocações e xingamentos em junho de 2015. Embora a violência verbal, assim como a física, vá contra a Constituição Federal, os agressores fugiram e, como em outros casos, não foram punidos. Além disso, é importante lembrar que intolerância religiosa é um crime de ódio: não se trata de ter a liberdade de expressar descontentamento ou criticar uma crença, mas sim de tentar impor a partir da agressão entendimentos pessoais sobre o assunto em detrimento dos julgamentos individuais do outro sobre o que ele acredita ser certo ou errado para sua própria vida. Essa visão etnocêntrica leva à falta de respeito pelo próximo, resultando em episódios humilhantes e indeléveis para aqueles que os sofrem. Conclui-se, então, que o combate à discriminação religiosa é crucial para garantir um dos direitos mais antigos a todas as pessoas e, consequentemente, o seu bem-estar. Para isso, é Para isso, é necessário que os órgãos especializados, em parceria com as delegacias de denúncia, atuem de acordo com a lei, investigando e punindo os agressores de forma adequada. Além disso, o governo deve promover campanhas contra condutas de intolerância e as escolas devem promover debates, informando os alunos sobre o tema e desconstruindo preconceitos desde cedo. A mídia também pode abordar a intolerância religiosa como um assunto em suas novelas, pois isso pode ter um grande impacto na vida social. Assim, o respeito será a base para a construção de um Brasil mais justo e igualitário para todos.

Explicação:

Agora escreva com as suas palavras ok

Post a Comment for "Texto II A curiosidade humana acerca do desconhecido e a sua incapacidade de explicá-lo através da razão fez com que, desde os primórdios, o homem atribuísse acontecimentos do seu cotidiano à vontade de seres sobrenaturais. Apesar dos avanços científicos e de suas respostas lógicas para fatos da realidade, as crenças em divindades perpassaram a história e continuam muito presentes nas sociedades, talvez por suprirem a necessidade humana de reconforto, talvez por levarem à transcendência espiritual. Atualmente, a grande diversidade religiosa existente traz a possibilidade de escolha a cada cidadão e essa liberdade é, ou deveria ser, garantida a todos os membros de uma população. Contudo, práticas de intolerância religiosa vêm impedindo um número cada vez maior de pessoas de exercitarem tal direito, ferindo sua dignidade e devendo, portanto, serem combatidas veementemente. O contexto histórico brasileiro indubitavelmente influencia essa questão. A colonização portuguesa buscou catequizar os nativos de acordo com a religião europeia da época: a católica. Com a chegada dos negros africanos, décadas depois, houve repressão cultural, consequentemente, religiosa que, infelizmente, perpetua até os dias de hoje. Prova disso é o caso de uma menina carioca praticante do candomblé que, em junho de 2015, foi ferida com pedradas, e seus acompanhantes, alvos de provocações e xingamentos. Ainda que a violência verbal, assim como a física, vá contra a Constituição Federal, os agressores fugiram e, como em outras ocorrências, não foram punidos. Além disso, é importante destacar que intolerância religiosa é crime de ódio: não é sobre ter a liberdade de expressar um descontentamento ou criticar certa crença, mas sim sobre a tentativa de imposição, a partir da agressão, de entendimentos pessoais acerca do assunto em detrimento dos julgamentos individuais do outro sobre o que ele acredita ser certo ou errado para sua própria vida. Tal visão etnocêntrica tem por consequência a falta de respeito para com o próximo, acarretando em episódios imprescritíveis e humilhantes para aqueles que os vivenciam. Conclui-se, então, que o combate à discriminação religiosa é de suma importância para que se assegure um dos direitos mais antigos a todas as pessoas e, por conseguinte, seu bem-estar. Para isso, é preciso que os órgãos especializados, em parceria às delegacias de denúncia, ajam de acordo com a lei, investigando e punindo os agressores de forma adequada. Ademais, o governo deve promover campanhas contra condutas de intolerância e as escolas devem gerar debates, informando seus alunos sobre o tema e desconstruindo preconceitos desde cedo. Por fim, a mídia pode abordar a intolerância religiosa como assunto de suas novelas, visto que causa forte impacto na vida social. Assim, o respeito será base para a construção de um Brasil mais tolerante e preocupado com a garantia dos direitos humanos de sua população. Giovanna Tami Soares Takahashi Questões sobre o texto II: 1. Qual o tema debatido neste texto? 2. Qual é a tese defendida pela autora? 3. Dos quatro parágrafos que compõem o texto, em qual deles a autora apresenta a maior parte de suas propostas de intervenção para o problema que o tema sugere? Apresente pelo menos três das propostas feitas por ela. 4. No segundo parágrafo, qual é o tipo de argumento utilizado pela autora? Apresente um desses argumentos 5. A partir das ideias que compõem o terceiro parágrafo, pode-se afirmar que o que caracteriza o crime de ódio da intolerância religiosa é criticar, mostrar um descontentamento, não querer participar de um culto de uma religião doutrinalmente oposta, apontar tais oposições ao se comparar doutrinas ou coisas do tipo? Explique​"